terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sumô - local: Ryogoku-Kokugikan

Ontem, feriado aqui no Japão, fomos assitir um campeonato de sumô.

Já na estação encontramos várias homenagens aos lutadores

Antes de vir para o Japão tínhamos vontade de assistir a uma luta de sumô.

O motivo? Poder assistir algo diferente, que só tem aqui no Japão e estar mais em contato com a cultura.

Este é um esporte que segue rituais xintoístas, religião esta que cultua a natureza, os ancestrais e tem como ênfase a pureza espiritual.

Assim que soubemos do torneio resolvemos comprar os ingressos e garantir nosso lugar perto dos gordinhos simpáticos. Pertinho mesmo é perigoso, pois corre o risco de um deles cair em cima de você (lá embaixo tem um vídeo mostrando como isso acontece).

Foi engraçado explicar que queríamos assistir a luta pela lateral pra não ter que ficar olhando para algo grande e redondo bem na nossa cara, para isso contei com a ajuda de uma japonesa muito simpática que me explicou a posição dos lutadores e os lugares aconselháveis a ficar. Após isso decidi que ficaríamos no "Mukou".

O sumô acontece em um ringue redondo, o objetivo é fazer com que o adversário encoste uma parte do corpo ( os pés não contam, claro) no chão ou que pise fora do círculo. Golpes proibidos, como puxão de cabelo, não valem. Caso o faça o lutador perde.

O ringue:
Conhecido por "dohyo", é construído com um tipo especial de argila, coberta com uma fina camada de areia. Tem um círculo no meio feito com sacos de arroz.  Acima do dohyo, pendurado por cabos, há um teto assemelhando-se a um templo xintoísta, com quatro enormes borlas penduradas em cada canto, que representam as estações do ano.

Personagens da luta:

Os lutadores (sumotoris) e o árbitro (gyoji)

Juizes laterais: eles avaliam quem venceu a luta, caso o juiz tenha perdido algum lance. Tem vezes que decidem que os lutadores devem lutar de novo.

O que anuncia o início de cada luta

Garotos propaganda. Nada de sensualidade, o foco é o patrocínio.

No evento não é permitido entrar com comida ou bebida, mas eles vendem várias coisas lá dentro. Como as lutas não tem um intervalo entre uma luta e outra e nem pausa para o almoço a solução foi dar uma fugidinha rápida e comprar um lanche.
Compramos sanduíches, sushis e yakitori

Um japa, muito simpático nos deu de presente uma garrafa de cerveja e outra de saque, como é um povo acolhedor.

É um esporte que surpreende, mostra que tamanho não é documento e que muitas vezes não precisa ser gordo para poder competir, o que conta é a altura.

Modelo ou lutador de sumô? Lutador.



O campeonato teve duas etapas: pela manhã competidores que não são tão conhecidos, mas que mostram paixão pelo que fazem, já na parte da tarde os profissionais que são muito bem patrocinados e que fazem lotar o estádio. Inclusive tem um ritual diferente.


Alguns dos rituais:
Início do campeonato profissional, apresentação das equipes

Yokozuna (grande campeão), com sua roupa cerimonial, faz uma demonstração da força e elasticidade.


Ritual do sal para purificação:



A luta:

Geralmente é rápida, são emocionantes e muito interessantes, algumas são engraçadas (ainda mais quando alguém cai), pelo menos para nós ocidentais. Ficamos lá 7 horas e nos divertimos bastante, superou as expectativas ...
Monótono? Jamais!


Alguns vídeos:



Isso é que podemos chamar de um esporte de peso...

Viramos fãs ...

Nenhum comentário:

Postar um comentário